Vivemos em tempos onde tudo parece ser provisório. Alugam-se casas, contratam-se empregos, firmam-se relacionamentos — sempre com cláusulas de rescisão. E, nesse espírito de descartabilidade, muitos passaram a encarar o matrimônio com a mesma mentalidade: se não der certo, separa. Se cansar, termina. Se machucar, foge. Mas o matrimônio cristão não admite essa lógica. Casamento cristão não tem plano B.

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As gerações passadas compreendiam melhor essa verdade. Quando decidiam casar, o faziam com a firme certeza de que era para sempre. Não havia espaço para dúvidas ou testes. Casavam com convicção e com fé. Sabiam que estavam entrando numa aliança diante de Deus, e aliança não se rompe.

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Hoje, muitos se casam com o coração dividido. Entram já com reservas, com medo, com segundas intenções. Casam por paixão, por pressão social, por insegurança — mas sem a convicção de que estão assumindo uma missão eterna. E sem pureza de intenção, não há firmeza na entrega.

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Como ensina Santo Afonso Maria de Ligório, a pureza de intenção é o que torna meritórias até as menores ações. Aplicada ao matrimônio, ela é a disposição de fazer tudo — amar, suportar, sacrificar-se, perdoar — não para satisfazer-se, mas para agradar a Deus. É isso que faz do matrimônio uma via de santidade.

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O casamento cristão exige uma base sólida. Não se edifica um lar católico sobre sentimentos passageiros. É necessário que a escolha seja reta, a intenção pura, e a entrega total. Casamento não é experiência. É vocação. É cruz. E cruz não se carrega com plano de fuga.

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Quando se entra no matrimônio com um “se não der certo, separa”, já se entra fora do plano de Deus. Porque o amor verdadeiro é fiel, mesmo na dor. Não desiste. Não negocia. Não escapa pela porta dos fundos. Porque, para quem crê, o matrimônio é para sempre.

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Na dúvida, olhemos para o Puríssimo Coração de Maria. N’Ele não há divisão, não há reservas, não há condições. Ali há entrega total. Amor puro. Fidelidade absoluta. Peçamos à Mãe do Belo Amor que purifique nossas intenções e fortaleça nossa decisão de viver o matrimônio como Deus quer: sem plano B, com fé, com cruz, com eternidade.

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